segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

clandestino

se te escondo embaixo do travesseiro
sem fuga ou sossego
por que continuas aí?
do amor sem nome, clandestino
que me fita e me bate à porta
toda sexta às 17h
pergunto por que insiste em fazer um festival
de borboletas dançarem ao som
do nosso caos outra vez
se em cada passo falso das incertezas
tropeço no seu encanto
outra e mais uma vez
porque o mormaço do seu amor
descompassa as batidas
desse cigano coração
que por desatino da paixão
jamais te deixou...




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